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Analisando as notícias dos últimos dois anos podemos perceber que, assim como governos, comunidades, sistemas de saúde, escolas, indústrias e comercio, nenhum de nós estava preparado uma pandemia de proporção e extensão que seguimos a testemunhar. O que até então era um cenário de filmes de ficção distópicos tornou-se realidade.

Hoje, muitos de nós estão focados no agora. Nossa saúde e a de nossa família, amigos e colegas, a capacidade de acessar os alimentos e suprimentos de que precisamos, nossa segurança, o impacto financeiro em nossas empresas, nos empregos, clientes e parceiros. A pandemia ainda não acabou e os resultados dela em nossas vidas ainda continuam vindo em ondas.

Some-se a isso a dúvida de quanto tempo será necessário para que tudo retorne a algum nível de normalidade que conhecíamos.

Falar de Indústria 4.0 da maneira que foi discutida antes da crise pandêmica parece ser insensível e talvez até inapropriado, afinal antes, ao falarmos de Indústria 4.0, o foco era vantagem competitiva, redução de custos, produtividade, sustentabilidade, inovação... ou seja um aprimoramento importante do gerenciamento empresarial para que as empresas funcionassem melhor.

Em face desse novo cenário, as prioridades, hoje, para a maioria dos fabricantes recaem sobre três pontos distintos:

1 - Sobrevivência;

2 - Recuperação;

3 - Negociar em um mercado com um novo paradigma pós-crise.

O objetivo será chegar ao tópico 3 de maneira mais rápida e eficaz e com o menor custo, para somente depois voltar os pensamentos pré-pandemia.

Questões fundamentais serão levantadas:

- Quais nossas fraquezas primordiais?

- Em que pontos podemos melhorar?

- O que poderia ter sido feito para mitigar as perdas?

As respostas acabarão caindo sobre a questão da velocidade da informação.

A necessidade de se ter informações em tempo real se torna agora imprescindível para se chegar ao ponto 3 e até mesmo preparar as empresas para possíveis novas ondas da crise, permitindo uma adequação de novas possibilidades, inclusive de métodos de trabalho/administração remotos de maneira definitiva.

Algumas das questões de muitos diretores com quem ultimamente conversamos são:

- E se em breve existir mais uma nova onda forte da pandemia?

- Como continuar produzindo com uma equipe mínima e ao mesmo tempo bem gerenciada a distância?

Para responder a estas questões, temos que visualizar que não adianta termos apenas máquinas automatizadas. Todos os processos precisam estar integrados digitalmente em um sistema de execução, monitoramento e gerenciamento em tempo real onde, mesmo à distância, todos os aspectos que envolvam a cadeia produtiva sejam controlados efetivamente e de maneira totalmente digital.

Com a tecnologia atual, mesmo máquinas que hoje não geram informações digitais, com a utilização de sensores inteligentes, passam a gerar todo tipo de dados necessários para um monitoramento em tempo real.

A maioria das empresas possuem um sistema de gestão empresarial (ERP), porém, em uma realidade de “Anywhere Work” (Trabalho em Qualquer Lugar), os sistemas de gestão precisam não somente serem capazes de utilizar todos o potencial de processamento na internet como precisam fazer parte deste ambiente em uma infraestrutura Cloud (em Nuvem).

Assim ações de gerenciamento e controle dos processos depende cada vez mais da integração das equipes que, neste momento, podem estar em qualquer lugar.

- Qual a nossa capacidade de produção atual?

- O que estamos produzindo? Quanto já produzimos? Quando termina?

- Quais os níveis atuais de estoque de matéria prima? De WIP? De acabados?

- Os equipamentos estão funcionando em plena capacidade? Precisam de manutenção?

Como responder essas questões se agora, em virtude de nossa nova realidade, não temos mais a mesma estrutura física de pessoas que gerariam os dados de controle e indicadores?A sobrevivência industrial não pode mais depender da gestão dos processos utilizando planilhas eletrônicas e sistemas back offices para simples digitação contábil e fiscal, porque esta maneira de controle muitas vezes dependia de pessoas estarem no mesmo prédio, trabalhando perto umas das outras.

Na nova realidade industrial pós pandemia, para responder estas questões, as empresas precisam de um sistema ERP em Cloud, Sistema Inteligente de WorkFlow, Sistema de Business Inteligence (BI), Internet das Coisas (IoT), sensores inteligentes, monitoramento em tempo real, entre outras ferramentas que verdadeiramente apoiam a gestão da Indústria 4.0.

Reginaldo Simon Ferreira - Gerente Comercial

Service Provider Consultoria

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